terça-feira, 21 de setembro de 2010

Inversão de valores.

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Dificil expressar quanta coisa nossos olhos viram durante o dia,ou mesmo,durante a semana.
Quantos mistérios a serem compreendidos,outros para servirem de exemplos,e ainda há aqueles que se desvendam apenas ao serem observados.
Meus olhos viram e acreditaram,desconfiaram e choraram.Não posso deixar de recitar o velho ditado,"o que os olhos não veem,o coração não sente",no meu caso,meu coração foi o mais atingido.
Tão rotineiro,tão absurdamente normal pegar um ônibus lotado que,sentar,torna-se privilégio para poucos.Mas, algo me chamou a atenção: Transporte parcialmente vago e uma sehora ocupa a um lugar sem ao menos sentar-se.
Não pude deixar de querer entender os motivos para fato tão estranho,afinal de contas,o que levaria a uma senhora a desprezar seus próprios direitos,enquanto jovens dentro do coletivo ansiavam por uma cadeira vaga?
Trabalho.
E a gentileza,onde está?
Tento muitas vezes encontrá-la nos meus momentos de puro estresse,mas a única coisa que encontro são farpas,"deveres","obrigações" e deselegância.
É assim o meu dia de trabalho,tratando bem aos que me pisam.
Voltando para casa,atento aos muitos detalhes do caminho,e fitei os olhos em um desses detalhes.Pude vislumbrar mais um antagonismo perseguidor. Dois salões de beleza,um ao lado do outro.Um repleto de luz,cor-de-rosa e purpurina,outro desprovido de qualquer atrativo visual.
Por sempre perceber esse pequeno detalhe,comecei a filosofar,realmente o capitalismo é terrível,se utiliza de artificios fúteis para atrair a todos nós.
É,finalmente ao chegar em casa,quis pensar um pouco,percebi que os antagonismos não estão apenas em minha vida amorosa,a qual ainda pretendo falar em algum de meus escritos,outrossim está no meu pobre cotidiano de idas e vindas do trabalho.
Meu coração foi capaz de se emocionar quando os meus olhos  viram as coisas com profundidade  inferior a do amor.Meu coração está tão sensível que a simplicidade tem se tornado demasiada para ele.