Insistentemente.

Insistentemente nós corríamos, lutávamos, cansávamos, mas chegamos.
Insistentemente conquistamos e tomamos posse do que seria nosso por nove meses.
Insistentemente, ao nascermos, conseguimos marcar a época, fotografar para lembrança, amar e sermos amados, pois, sincero, é amor de criança.
Insistentemente, crescemos, desenvolvemos dons, distribuímos as nossas alegrias e, com algumas outras pessoas especiais, compartilhamos tristezas.
Insistentemente, corremos, caímos, levantamos e, corremos. Corremos atrás dos nossos sonhos, do nosso futuro, do nosso amor. Corremos.
Insistentemente, descobrimos, inventamos, questionamos e tentamos. Tentamos acima de tudo, conseguirmos sozinhos.
Insistentemente nos apaixonamos, desacreditamos, tememos, buscamos. Buscamos métodos cada vez mais eficazes de sermos felizes, de vivermos em paz, de insistirmos.

Para cada escolha de vida, uma insistência nossa.
Se nada vem fácil, insista.
Eu sei que insistimos em não mais insistir. Vão me dizer que insistentemente não fazemos isso?
Insistentemente, agimos, choramos, sorrimos, pois a maneira como reagimos é individualmente insistente.
Insistentemente, pensamos, imaginamos, criamos. Criamos histórias exemplares e “monstros” que nos consomem.
Insistentemente, desabafamos com o travesseiro que nos escuta e enxuga nossas lágrimas.
Insistentemente culpamos, detonamos e esquecemos.
Insistentemente, mudamos e, negamos a mudança.
Ofendemos, destruímos e sorrimos.
Magoamos e pouco nos importamos.
Insistentemente, penso em alguns momentos que, animais são mais humanos.

Caro leitor,
Insista em avaliar-se, para saber se vale a pena insistir pelo que você insiste.